Era um dia
de Verão, estava sol e um pouco de vento, o mar estava calmo… nada de anormal.
Eu estava a passear na praia com uma amiga, até que ela teve que ir embora
porque tinha coisas para fazer. Fiquei sozinha, quer dizer…a praia estava
cheia, cheia de pessoas que eu não conhecia. Esqueci-me de dizer que eu era
nova ali, tinha-me mudado à pouco tempo. Só tinha a Rebecca lá, era já uma
amiga de infância… eu tinha-me mudado quando era pequena para Montana, a minha
mãe teve que ir para lá em trabalho, fiquei lá até aos 18 anos, eu odiava
aquilo, porque eu sempre fui muito ligada ao mar, e Montana não tinha nada
haver com o mar... Depois quando a estadia dela acabou, voltámos para a
Flórida. Eu não conhecia ninguém na Flórida porque era muito pequena quando me
mudei com a minha mãe, ou seja, não tinha conhecido ninguém para além da minha
família e da Rebecca, a filha de uma amiga da minha mãe, eramos muito amigas.
Quando começou a escurecer eu começei a ouvir barulhos vindos do longe. A
princípio não percebi de que barulho se tratava, mas à medida que me fui
aproximando percebi que era o barulho de um golfinho. Fui a correr ao socorro
dele porque percebi que ele tinha dado à costa, estava muito assustado… provavelmente
tinha sido puxado pela corrente e foi
parar à costa devido à rebentação. Não sabia como o ia ajudar, quer dizer… eu
tinha alguma experiência naquela área, porque eu tinha tirado o curso de
bióloga marinha quando voltei para a Flórida, mas nada para além disso. Então
liguei para o 112 e eles deram-me o número de telefone do Clearwater Marine Aquarium. Telefonei para eles e eles disseram para eu esperar,
e fazer todos os possíveis para o golfinho ficasse calmo e sentir que tinha ali
alguém que o ia ajudar, até que eles chegassem. Quando eles chegaram levaram o
golfinho, e pediram para que eu os acompanhasse, pois o golfinho ia sentir-se
mais confortável com a pessoa que esteve com ele até eles chegarem.
Capítulo 2
A espera
Quando
chega-mos ao aquário, eles pediram para eu aguardar que eles me viessem dizer
alguma coisa. Entretanto recebi uma chamada da minha mãe a dizer que estava
preocupada e perguntar onde é que eu me tinha medito, por já serem quase horas
de jantar. Eu respondi-lhe, e ela veio de imediato ter comigo. Esperámos algum
tempo, até que nos vieram dizer que o golfinho estava bem, para não nos
preocupar-mos e ir-mos para casa descansar. Fiquei foi surpreendida quando me
pediram para eu dar nome ao golfinho, queriam que fosse eu porque fui eu que o
“salvei” praticamente. Eu assim o fiz, com muito orgulho, chamei-o de Vicky. O
Vicky era um golfinho que eu muito gostava quando era pequenina. De seguida
disseram-me para eu quando tivesse tempo ir visitá-lo, e ajudar… já que eu
tinha alguma experiência na área. E assim o fiz.
Capítulo 3
Descansa em paz Summer
No dia seguinte eu fui lá ver o Vicky, ele
tinha melhorado muito. Eu espantei-me, pois quando fui para perto da piscina pareceu
que ele me tinha reconhecido. Um trabalhador chamado Tiago estava a observar o
que eu estava a fazer, e ele apercebeu-se que eu estava espantada. Então
chegou-se ao pé de mim e disse:
- Ele
reconheceu-te, fala com ele.
- Achas que
ele me vai compreender?
- Claro que
vai, agora é como se tu fosses a melhor amiga dele. Não eras tu que devias
estar a sentir isso?
- Sim, e eu
sinto… Mas é que é estranho, nunca tinha pensado que podia vir a ser a melhor
amiga de um golfinho…
(Sorri-mos
um para o outro)
Eu começei a
falar com ele, e realmente parecia que ele estava a compreender o que eu lhe
estava a dizer, e que me estava a responder também. De repente olhei para o
Tiago, ele estava estranho, estava ali à tempos a ouvir a minha conversa com um
golfinho. Então disse-lhe:
- Tiago?!
Estás ai?
- Am, Am, o
quê?
- Estás ai à
horas a ouvir-me falar com o Vicky. Passa-se alguma coisa?
- Estava a
lembrar-me da minha golfinha, a Summer…
(Um momento
de silêncio)
Estava a
tentar ter coragem de perguntar o que aconteceu com ela, mas tinha medo que ele
voltasse às más recordações, se é que lhe tinha acontecido alguma coisa de mal.
Mas arranjei coragem e perguntei-lhe:
- Aconteceu
alguma coisa com ela?
(Lágrimas
começaram a correr dos olhos dele)
- Desculpa,
desculpa, desculpa! Não devia ter perguntado, já devia ter calculado que isto
ia ser assim!
(Ele
agarrou-me a mão com muita força)
- Não à
problema, tu não podias adivinhar… ela morreu com uma paragem respiratória, mas
eu também já sabia que ela não tinha muita esperança de vida. Ela tinha um
problema no sistema linfático e nos rins. Eu é que me fui habituando a ela, e
era como se ela fosse a minha melhor amiga e eu o melhor amigo dela, mas depois
foi o que eu te disse.
Eu não tinha
resposta de consolo, mas tentei os possíveis.
- Tu não
tiveste culpa de te teres ido habituando a ela, tu gostavas dela e ela gostava
de ti… eram melhores amigos. Tenho a certeza de que ela não ia gostar de te ver
assim. Vá anima-te! Queres vir comigo nadar um pouco?
- Sim, pode ser! Vamos!
Eu e o Tiago
começámos a dar-nos muito bem, ele foi-me ensinando coisas sobre os golfinhos.
Era como se fosse o meu tutor privado, era fixe! Ele era só 2 anos mais velho
que eu, mas já trabalhava ali fazia algum tempo. Ele um dia disse-me: “Trabalho
aqui faz algum tempo, mas nunca vi uma história como a tua e a do Vicky, sem
contar com a minha e a da Summer…” Fiquei orgulhosa pelo que ele me disse.
Capítulo 4
A ida e a volta da Rebecca
Agora era
como se trabalhasse no Clearwater Marine Aquarium, passava os dias lá a ajudar, mas passava maior parte
do tempo a conversar com o Vicky ou a passear com o Tiago. Um dia recebi uma
notícia horrível, a Rebecca ia-se mudar para Sidney! A Rebecca tinha nascido na
Flórida, mas o pai dela sempre trabalhou em Sidney, e ele queria que ela e a
Teresa, a mãe da Rebecca fossem para lá. Fiquei muito triste, praticamente ela
ia para o outro lado do Mundo. Agora estava na companhia da minha família do
Vicky o meu melhor amigo e do Tiago. Antes da Rebecca partir fomos fazer
compras, que era o nosso passatempo preferido, fomos ao cinema, fomos jantar ao
MacDonald’s e fui dormir a casa dela. No dia da partida eu fui levar a Rebecca
e a mãe ao aeroporto, afinal de contas a minha mãe era muito amiga da Teresa,
também se queria despedir dela. Passou algum tempo des que a Rebecca e a mãe
partiram, sentia muito a falta da Rebecca. Até que um dia recebemos a notícia
de que a mãe da Rebecca tinha falecido. A minha mãe andou a chorar durante dias
e dias, o pior era que eu não estava ao pé da Rebecca quando ela mais
precisava. Ela devia-se estar a sentir horrivelmente mal por nem ter amigas lá
em Sidney, apenas o pai e alguns membros da família. Dias depois da morte de
Marta, tive uma notícia excelente. A Rebecca ia voltar para a Flórida, ia ficar
em casa dos tios maternos. Fiquei tão contente, no dia em que ela chegou fui
buscá-la ao aeroporto com a minha mãe e os tios dela. Quando eu a vi a sair da
porta do aeroporto ia-me dando uma coisinha má, estava tão contente! E
notava-se que ela também estava, afinal de contas…não existe melhor sentimento
do que voltar para ao pé dos nossos amigos, e para ao pé da família que viveu
sempre connosco. Fui contando as novidades à Rebecca, ela tinha sido sempre
muito namorisqueira, e passava os dias a dizer que eu ia acabar por namorar com
o Tiago. Eu não estava virada para essas coisas. O que me interessava era o meu
“emprego” no Clearwater Marine Aquarium.
Passava lá praticamente um dia inteiro, o problema era que a Rebecca não
gostava muito disso.
Capítulo 5
Melhores amigas zangam-se
A Rebecca não andava lá muito contente com as
minhas visitas constantes ao Vicky. Estava sempre a dizer que eu não tinha
tempo para ela, que já não éramos tão melhores amigas como éramos dantes. Eu
estava sempre a dizer que isso era mentira, aliás eu tinha sempre um tempinho
para ela. Eu não tinha culpa de que finalmente tivesse arranjado um trabalho,
especialmente na minha área. Depois passava a vida a queixar-se que eu andava
mais tempo com o Tiago do que com ela, e um dia tivemos uma discussão muito
séria:
- Rebacca o
que tu andas a dizer é mentira! Eu tenho sempre tempo para ti!
- Isso é
mentira Maria! Des de que salvas-te aquele golfinho, que não ligas a outra
coisa! Trocaste-me por ele!
- Rebecca?!
Mas o que estás tu a dizer?! Isso é totalmente mentira, tu foste e sempre serás
a minha melhor amiga! Eu conheço-te des de pequenina, sei tudo o que à para
saber sobre ti. Por favor, não fiques a pensar que eu te troquei, eu nunca
faria isso!
- Ai sim?!
Pois, já para não falar no menino Tiago! Andas sempre com ele, fazes todos os
programas com ele! Tu tens aulas com ele!
- Ele
ensina-me coisas importantes e úteis á minha vida de bióloga marinha, Rebecca!
E em primeiro lugar, foste tu quem disse que isto ia dar em namoro e que blá
blá blá. Mudas-te de ideias repentinamente foi?
- Não, não
foi! Só não queria que aquele maldito golfinho tivesse aparecido! E com ele
trouxe aquele Tiago!
(comecei
a chorar, ela ofendeu-me muito!)
- Estás a ser tão cruel Rebecca, nunca pensei que
tivesses esse lado! Nunca pensei que me quisesses ver infeliz, porque é assim
que me sinto! Eu neste momento ODEIO-TE Rebecca!
- Tu também me estás a fazer infeliz Maria, apenas
te estou a pagar na mesma moeda.
- Tu deves ter ficado mesmo doida com a morte da tua
mãe! Só pode ter sido isso! Mas a Marta era uma pessoas tão querida… se ela
estivesse aqui não estaria nada orgulhosa do que me estás a fazer!
- Não metas a minha mãe neste assunto, não tens esse
direito!
- Sabes Rebecca? Realmente o Vicky é que é o meu
melhor amigo de verdade… ele está sempre ao meu lado! Adeus Rebecca…
Passado algum tempo, fui às compras de roupa…mas desta
vez sozinha…Comprei isto:
Antes
eu e a Rebecca partilhávamos a roupa, mas agora já não era assim. Mas agora eu
já não estava completamente sozinha, tinha as amigas lá do aquário. A Leonor, a
Makena e a Nicola já eram minhas amigas… não tanto como a Rebecca , mas éramos
muito amigas, e era uma amizade para durar. Todas gostavam muito do Vicky, mas
cada uma tinha uma paixão de estimação por um animal lá do aquário. A Leonor
adorava uma tartaruga chamada Chica, a Makena adorava a golfinha que dividia a
piscina com o Vicky, a Panema, e a Nicola gostava muito de uma orca chamada
Pasely. Tinham todas histórias diferentes, mas amais estranha era a da Nicola.
Ela tinha sempre vivido no Texas, aliás a família dela é de lá, é um bocadinho
estranho esta paixão pelo mar.
Capítulo 6
O Vicky integra-se e muito mais
Passaram-se
meses, e por fim disseram-me que o Vicky ia vicar no Clearwater
Marine Aquarium. Eu fiquei feliz, mas ao mesmo tempo triste. Quer dizer, eu
estava feliz porque podia ia poder ver o Vicky todos os dias, mas eu não queria
ser egoísta, ele pertence ao mar, era para lá que ele devia ir. Mas ninguém
tinha esperança de que o Vicky se orienta-se no mar. Provavelmente daria à
costa outra vez, e isso seria pior. Então o Vicky ficou no aquário. Eu e as
miúdas, íamos treinando o Vicky para os espectáculos que o aquário ia fazer.
Parecia que o Vicky aprendia depressa, e que gostava muito de aprender novos
truques. No dia da apresentação do Vicky, o espectáculo ia ser
fantástico! O aquário estava cheio, havia crianças a correr por todo o lado,
pais desesperados à procura delas, etc… Os golfinhos também estavam muito
excitados, especialmente o Vicky, era a primeira vez que ele fazia uma coisa
destas. Começou o espectáculo. Quem fez a abertura foi a Makena, foi assim:
- Olá pessoal! Hoje o espectáculo
vai ser diferente, vão aparecer aqui duas caras novas. O vosso aplauso para…
VICKY E MARIA!!
(apareci eu a surfar em cima do
Vicky)
- Olá a todos, eu sou a Maria e
este é o meu melhor amigo, o Vicky!
- A história do Vicky e da Maria,
é uma história muito bonita. Mas só a vamos contar no fim do espectáculo. Como
todos sabem, hoje faz 2 anos que a nossa
golfinha, a Summer partiu…descansa em paz Summer. Mas continuando as
apresentações… o vosso aplauso também para a Nicola e sua orca, a Pasely! E por
fim, mas não menos importante a Leonor e a sua tartaruga, a Chica! Eu sei, eu
sei, falta aqui uma golfinha… a Panema!!!
Depois começámos o espectáculo,
cada um com os seus truques… estava a ser fantástico. Quando olhei para a
plateia, vi a Rebecca. Achei muito estranho, pois era ela a última pessoa no
Mundo que se lembraria de ir ver um espectáculo de golfinhos, especialmente que
celebra a vinda do Vicky comigo para o aquário. Mas de repente percebi, a razão
pela Rebecca estar ali era a prima, os tios da Rebecca tinham uma filha… a
Kimberley. Ela era muito chata, nem os próprios pais a conseguiam aguentar,
então já que a sobrinha cá estava, podia ser um espécie de baby-sitter para a
prima. Os dias foram passando, e eu cada vez estava mais feliz, era como se
tivesse concretizado um sonho… estava tudo a correr às mil maravilhas. O
aquário estava a fazer cada vez mais dinheiro, e isso era muito bom. A minha
relação com as miúdas estava cada vez melhor, elas eram muito simpáticas
comigo, agora também íamos às compras juntas, e fazer praticamente todos o
programas que eu fazia com a Rebecca. A minha mãe não se importava, ela sempre
quis o melhor para mim, e ela sabia que o que estava a acontecer era o melhor
para mim. Era sábado de manhã quando
recebi uma chamada do meu pai, eu esqueci-me de falar dele no princípio da
história, falo agora. A culapa da minha
mãe ter ido em trabalho para Montana e de eu ficar lá um monte de anos era do
meu pai. O meu pai nunca gostou de mar, gostava de terra…não me lembro de uma
só vez que ele tivesse ido à praia comigo e com a minha mãe. A família da parte
do me pai estava toda lá, isso era horrível. Quando ele me ligou disse-me que
tinha pedido à minha mãe para nós voltarmos a Montana outra vez. Eu fiquei tão
chateada que lhe desliguei o telemóvel na cara, ainda por cima, ele sabia tudo
o que se estava a passar comigo, mas lá queria saber se estava contente ou
deixava de estar. Liguei rapidamente à minha mãe, a perguntar o que tinha dito
ao pai.Eu esperava que ela tivesse dito “Não”, mas não foi bem isso… a mãe
pedio para o pai lhe dar tempo, ele aceitou, contrariado.
Capítulo 7
Apenas eu e o Tiago
Um dia eu e o Tiago fomos ao
cinema juntos, fomos jantar ao Mac e depois fomos comer um gelado. Estava uma
noite quente, então decidimos ir até à praia. Passamos uma boa noite. Nós
estávamos a aproximar-nos cada vez mais, e isso era bom. Passaram alguns dias
eu e ele começámos a namorar, estava a ser tão fixe. Só depois de começar a
namorar com ele é que ele me contou que tocava guitarra. Um dia eu fui ter com
o Tiago ao aquário, ele estava com um ar tão sério, até me assustei. Foi assim:
- Tiago, estás bem?
- Não, não estou! Queres acabar
comigo e não me dizias nada era, sou um chato e não toca nada bem guitarra!
- O quê, quem te disse isso?! Não
estou a entender…
- Maria não te faças de parva!
- Não! Tu é que estás a ser muito
parvo comigo!
- Ontem liguei-te, atendeu a
Rebecca. Perguntei-lhe onde tu estavas, porque estavas atrasada para ires
conhecer os meus pais. Ela disse-me que tu lhe tinhas dito que já não ias
conhecer os meus pais, e que nem gostavas de mim, e achavas que eu tocava mal
guitarra.
- Isso é mentira, posso
provar-te! Eu estava nas compras porque não tinha nada para vestir de jeito
para me apresentar aos teus pais! E estava atrasada!
- Então como é que ela atendeu o
teu telemóvel?
- Eu tinha deixado em casa o
telemóvel, tinha-me esquecido dele. Antes a Rebecca tinha a chave da minha
casa, para poder ir lá a casa enquanto eu não estava e essas coisas. Foi ela
que atendeu o telemóvel e mentiu-te!
- Para que é que ela me ia
mentir, afinal de contas ela é a tua melhor amiga, tu contas-lhe tudo!
- Ela “era” a minha melhor amiga,
agora já não é. Tu não reparas-te que eu já não ando com ela? Tivemos uma zanga
à tempos. Ela achava que eu passava mais tempo com o Vicky e contigo do que com
ela. Que a tinha trocado. Ela fez isto para eu me separar de ti e ficar triste!
- Não me contas-te nada disso
antes….
- Eu sei, desculpa…
- Agora percebo, eu é que te
tenho de pedir desculpa, desculpas-me?
- Claro que sim! Eu só não pensei
que a Rebecca fosse capaz de fazer uma coisa destas… enfim.
- Vou ver o Vicky, vens?
- Não, desculpa. Tenho que ir ter
com os meus pais, os meu tios voltaram hoje de Tóquio.
- Ok, adeus.
(Beijámo-nos)
Fui ver o Vicky, ele estava bem e
contente, ao contrário de mim… desabafei com ele, e ele entendeu. Ele era como
se fosse o meu diário, eu sabia que com ele os meu segredos ficariam seguros.
Ele entendeu tão bem, que até me puxou para a piscina, e deu-me um
beijinho… ele era tão querido, e o
melhor é que era só meu.
Capítulo 8
Flórida para sempre
Passaram alguns dias, e a minha
mãe disse-me que já tinha resposta para o pedido do meu pai, era um “Sim”. Eu
fiquei tão triste, eu não queria voltar para Montana outra vez! Mas parecia que
a minha mãe não entendia isso. Fui logo pedir ajuda ao Tiago, ele deu-me uma
ideia genial, o problema era que eu não sabia se a minha mãe ia deixar, mas eu
tentei à mesma. A princípio ela não
deixou, mas eu depois disse-lhe que já era maior de idade e que não ia
fazer nada de mal. Ela estava aflita porque não sabia onde é que eu ia ficar,
eu disse-lhe que o Tiago me deixava ficar em casa dele, e os pais também não se
importavam. Ela achava isso uma falta de respeito, mas devo-lhe ter explicado
umas mil vezes. Depois veio com aquela desculpa de que eu quase nunca tinha estado
com o meu pai. Mas ele também nunca tinha tido tempo para mim, ou para os meu
interesses, a mãe tinha de perceber isso. Eu também percebia o lado dela, era
difícil uma mãe estar longe de uma filha. Ela disse-me que era só durante 4
anos, isso não era lá muito tempo, comparado com o tempo que eu lá estive. Ela
concordou, e aceitou que eu ficasse na Flórida, mas primeiro teve que ir falar
com os pais do Tiago para combinar tudo. Dois dias antes da minha mãe partir eu
e ela fomos fazer os nossos programas preferidos de quando eu era pequena. E
até fomos visitar o Vicky e ela foi nadar comigo para ao pé dele. E assim foi,
no dia da partida, fui levá-la ao aeroporto com o Tiago e os pais dele. Foi
muito difícil despedir-me da minha mãe… Depois de a
levar-mos ao aeroporto fomos comer um gelado, estava tanto calor como estava no
dia que encontrei o Vicky, com um pouco de vento para ficar perfeito. A minha
mãe deixou-me a chave de casa e mais uma cópia, para se eu perdesse a original.
Mais à tarde fui buscar as minhas roupas e mudámos praticamente tudo o que
estava no meu quarto, para o quarto de visitas na casa dos pais do Tiago, ia
ser fixe ficar lá 4 anos. No dia seguinte eu e o Tiago fomos juntos para o
aquário, já todos sabiam da nossa relação. Mas parecia que nós não eramos os
únicos “In Love”, o Vicky e a Panema, a golfinha que partilhava a piscina com
ele, estvam muito amigo dos últimos dias para cá. Quando a Makena me contou que
a Panema tava grávida, eu quase chorei...o Viky ia ser pai! O tempo passa realmente
depressa, quando a Makena descobrio que a Panema estava grávida, teve a mesma
reação que eu, porque a Panema era para a Makena, aquilo que o Vicky era para
mim. Então de repente disse:
- Maria! Temos que decidir o nome
para o bebé! Temos que chegar a um aordo as duas, porque são os “NOSSOS”
glfinho que vão ser pais!
- Sim eu sei, eu sei! Estou tão
contente! Vá vamos pensar em nomes para os dois casos..deixa ver...hum..
- Que tal... Mermaid...
ou... Sea
- Adorei os nomes! Mas e que tal
se fosse... Summer II
- Sim!
- Se forem dois golfinhos, pode
ser a Summer II e a Mermaid que achas?
- Sim, claro!
Depois fomos dizer ao pessoal que
nomes é que tinhamos escolhido para o bebé, o “os” se fossem dois. Eles adoram
os nomes, ninguém se opos. O Tiago ficou muito contente por haver o segunda
Summer no aquário. Liguei à minha mãe, ela ficou muito contente com a notícia,
mas depois o meu pai arrancou-lhe o telemóvel da mão e gritou:
- Maria! Porque é que não vieste
para Montada?! Tens sorte da tua mãe ser uma mulher demasiado compreensiva!
- Pai, tu nunca me deixas-te
falar ou explicar as minhas, razões... não é agora por telemóvel que as vou
explicar. Quando voltares daqui a quatro anos com a mãe, eu logo te explico..
Amo-te muito pai..
- Também te amo minha pequenina,
vou passar à mãe.
Contei tudo o que se tinha
passado, e ela ficou muito contente. A Leonor veio-me chamar para ir com ela e
com a Nicola às compras, a Makena ficou no aquário ao pé da Panema e do Vicky,
eu agradeci-lhe, mas eu sabia que ela ficava porque queria e gostava. Fomos às
compras, comprámos montões de roupa! Tamvém comprámos para a Makena, já
sabiamos todas do que ela gostava, o estilo de Makena era bastante desportivo,
muito ao contrário do da Nicola, que era o mais femenino possível, o da Leonor
era... diferente... largo, com cores bastantes claras... se eu lhe desse um
nome, chamava-lhe estilo “Livre”. A Makena ficou muito contente com a roupa,
tinha adorado!
Capítulo 9
A Rebecca age bem
Estava tudo a correr bem, ás mil
maravilhas como eu custumo dizer. Até que recebi uma chamada da Rebecca, achei
estranho e a princípio pensei em não atender, mas atendi. Ele disse para eu ir
ter com ela ao Starbuck’s, o café a que nós íamos quando éramos melhor amigas.
Eu fui, esperava o pior... mas até que foi o melhor. Quando cheguei ela estava
sentada numa mesa, com a roupa que eu lhe tinha empestado uma vez e que ela
nunca mais me deu. Eu sentei-me e a conversa começou:
- Maria, eu chamei-te aqui por
uma boa razão... e sei o que deves estar a pensar.. “ela só tá a dizer
tretas”... mas não é...
- Desenbucha Rebecca!
- Eu queria-te pedir desculpa por
tudo o que te fiz, eu agi mal! Eu sei, fui cruel, fútil e muitas outras
coisas...mas DESCULPA! Desculpa ter chamado ao teu golfinho “maldito”, eu só
estava a pensar em mim. Não te estava a fazer feliz, eu sei....
- Uau, estou espantada Rebecca!
Confesso! O que é que te deu, para mudares de ideias tão rapidamente?
- Nada, apensas percebi que
estava errada. As pessoas cometem erros, e aprende-se com eles... foi sempre o
que tu me disses-te...
- Eu sei, e continou a achar
isso... mas o teu erro foi muito grande, difícil de perdoar. Tu dúvidaste de
mim Rebecca, nós éramos melhores amigas!
- Eu sei! Já te pedi desculpa, eu
fz ainda outra coisa má que incluio o Tiago...
- Eu sei, quisseste-me separar
dele, não me quisses-te ver feliz não era?
- Desculpa!!!!
- Hum.... Tá bem...
- BOA!
(ela abraçou-me com muita força)
- Estou a confiar em ti!
- Sim, sim! Agora eu vou passar a
ajudar-te com o Vicky e com tudo o que percisares.. eu soube que a golfinha que
está a partilahr a piscina com o Vicky está grávida dele. Penso que se chama...
Panema não é?
- Sim é. Quem te disse?
- A tua mãe, ela não sabia que
nós estávamos chatiadas.. então contou-me.
- Ah ok
- Já sabem quais são os nomes?
- Sim. Eu e a Makena já tratámos
disso.
- Quem é a Makena?
- Uma amiga lá do aquário, tenho
ainda mais duas... a Leonor e a Nicola
- Ai sim? Ok...
- Não te preocupes...eu vou
levar-te a conhece-las. Tu vais dar-te muito bem com a Nicola, tenho a certeza!
Ela é igualzinha a ti!
-
Uhhh, estou anciosa. A Nicola também tem um golfinho?
- Não, a Nicola é apaixonada por
uma orca chamada Pasely, a Leonor por uma tartaruga chamada Chica, e a Makena é
a dona da Panema. Foi por isso que ela escolheu o nome para o bebé comigo, ou
“os” nomes, nós não sabemos se são dois ou só um.
- Ok, e quais são os nomes?
- Summer II e Mermaid!
- Adoro os nomes! Mas porque
Summer II e não só Summer?
- É uma longa história, depois eu
conto-te... Vamos para o aquário!
- Vamos!
Fomos juntas para o aquário e
apresentei a Rebecca a todos. Todos gostaram dela. Eu pedi à Rebecca que fosse
pedir desculpa ao Tiago por aquilo que ela lhe fez. Ficou tudo bem, pu-la a par
de todo o que se passava.
Capítulo 10
O fim perfeito
Agora sim eu podia dizer de
verdade que estava a correr tudo às mil maravilhas! A Panema ia ter um bebé, o
Vicky ia ser pai, tinha quatro melhores amigas, porque fiz as pazes com a
Rebecca e namorava com a pessoa que eu gostava. Mas ainda vinha mais, o pai e
mãe decidiram voltar para a Flórida juntos. Estava tudo a correr tão bem!
Passaram alguns meses e nasceram os bebés da Panema e do Vicky toda a gente
tava emocionada, mas a Makena chorou tanto....parecia uma comédia. Eram duas
para nossa felicidadade! Agora só nos restava dizer “Bem vindas ao mar Mermaid
e Summer II”. O aquário teve fechado durante algum tempo, porque não tinhamos
animais suficientes para fazer um espetáculo. Não era uma orca e uma tartaruga
que iam dar um espetáculo a uma carrada de gente.Claro que nós também tinhamos
leões marinhos, mas não iria ser a mesma coisa. Esperou-se algum tempo até que
a Panema e o Vicky pudessem fazer espetáculos outra vez. No dia do espetáculo
estava tudo tão alegre, era o dia que nós íamos apresentar a Mermaid e a Summer
II às pessoas. Toda a minha família estava na plateia, até o meu pai... e
parecia estar orgulhoso. Eu também estava, alías os espetáculo correu
lindamente! No fim do dia estávamos todos exautos, mas ainda tinhamos que
limpar o aquário e dar comida aos animais. Quando acabámos tudo o que tinhamos
para fazer cada um foi para sua casa. Eu fiquei mas tempo no aquário a falar
com o Vicky, como eu já aqui referi, ele é como se fosse o meu diário. Eu amo
tanto o Vicky, para mim ele é parte da família. Nunca pensei que isto fosse
acontecer, é como se fosse um sonho. Passaram anos, eu e o Vicky estávamos cada
vez mais amigos, ele é realmente um bom ouvinte... ouvio-me durante tantos
anos. A Summer II tinha um dom especial, adorava dar beijinhos, fazia tudo para
nos dar beijinhos, para alem de ser traquina. A Mermaid adorava brincar,
adorava fazer jogos, e possava para as fotos. O aquário estava cada vez a
faturar mais, não só por causa dos nossoas animais, mas também pelos nossos
excelentes trabalhadores, estavam sempre presentes. Salvámos montes de
golfinhos, estes anos para cá, e se depender de nós... vamos sempre, mas sempre
continuar a salvar tantos quanto possíveis.
Beijinhos meus e do Vicky!